IC # 114 – Apresentação dos Indicados ao Intervalo de Confiança Science Awards – 2021

O fim do ano está chegando e, com ele chegou o momento de escolhermos os melhores (e piores) do ano na área da ciência. Por isso, começamos esse ano a primeira edição do nosso prêmio anual, o Intervalo de Confiança Science Awards! Começamos hoje a fase de votação. Clique no link abaixo para contribuir com suas escolhas e compartilhe esse link com o máximo de pessoas puder.

https://forms.gle/Kqg246rsLcMETdgc7
Limite para votação: 09/12/2021

A Live de divulgação dos vencedores acontecerá no dia 10/12/2021 às 21:00 (horário de Brasília). Link para acesso logo abaixo, clique no ícone do sino para receber uma notificação quando o evento for começar:

https://youtu.be/njAgsAkuNh8

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Artigo Científico mais importante do ano (abstracts)

A “nova era” da participação política?

Link: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/19331681.2021.1962779?journalCode=witp20&

Os Serviços de Mensagens Instantâneas Móveis (MIMS) foram usados pela primeira vez para campanha política nas eleições brasileiras de 2018; eles também foram usados para envolver as pessoas em consultas públicas. Este artigo tem como objetivo analisar as especificidades da chamada à ação utilizada no WhatsApp para consultas no Portal e-Cidadania do Senado brasileiro durante a campanha eleitoral de 2018. Além disso, nossa pesquisa visa compreender até que ponto os apelos à ação foram utilizados na campanha durante um momento de forte polarização política no país. A metodologia consiste numa análise de conteúdo que visa compreender o conteúdo da mensagem das consultas, como esse conteúdo foi partilhado e as semelhanças entre este apelo à ação e as estratégias de campanha eleitoral. Os resultados mostram que este apelo causou uma distorção participativa naquele Portal em particular, os temas abordados faziam parte da plataforma de campanha do candidato eleito e a estratégia foi mantida após as eleições.

Memória imunológica para SARS-CoV-2 avaliada por até 8 meses após a infecção

Link: https://www.science.org/doi/10.1126/science.abf4063

A memória imunológica é a base para a imunidade protetora durável após infecções ou vacinações. A duração da memória imunológica após infecção por síndrome respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2) e COVID-19 não é clara. A memória imunológica pode consistir em células B de memória, anticorpos, células T CD4 + de memória e / ou células T CD8 + de memória. O conhecimento da cinética e das inter-relações entre esses quatro tipos de memória em humanos é limitado. Compreender a memória imunológica para SARS-CoV-2 tem implicações para compreender a imunidade protetora contra COVID-19 e avaliar o provável curso futuro da pandemia de COVID-19.

Evolução da imunidade de anticorpos ao SARS-CoV-2

Link: https://www.nature.com/articles/s41586-021-03207-w

A síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2) infectou 78 milhões de indivíduos e é responsável por mais de 1,7 milhões de mortes até o momento. A infecção está associada ao desenvolvimento de níveis variáveis de anticorpos com atividade neutralizante, que podem proteger contra a infecção. Os níveis de anticorpos diminuem com o tempo. Aqui, relatamos a resposta da memória humoral em uma coorte de 87 indivíduos avaliados 1,3 e 6,2 meses após a infecção com SARS-CoV-2. Descobrimos que os títulos de anticorpos IgM e IgG contra o domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína de pico de SARS-CoV-2 diminuem significativamente ao longo deste período de tempo, com IgA sendo menos afetado.

Meio século de declínio global de tubarões e raias oceânicas

Link: https://www.nature.com/articles/s41586-020-03173-9

A sobrepesca é a principal causa da defaunação marinha, mas os declínios e o aumento dos riscos de extinção de espécies individuais são difíceis de medir, particularmente para os maiores predadores encontrados em alto mar. Aqui nós calculamos dois indicadores bem estabelecidos para rastrear o progresso em direção às Metas de Biodiversidade de Aichi e Metas de Desenvolvimento Sustentável: o Índice Planeta Vivo (uma medida de mudanças na abundância agregada a partir de 57 conjuntos de dados de séries temporais de abundância para 18 espécies de tubarões e arraias oceânicas) e o Índice da Lista Vermelha (uma medida de mudança no risco de extinção calculada para todas as 31 espécies oceânicas de tubarões e raias). Descobrimos que, desde 1970, a abundância global de tubarões e raias oceânicas diminuiu 71% devido a um aumento de 18 vezes na pressão relativa da pesca. Este esgotamento aumentou o risco de extinção global ao ponto em que três quartos das espécies que compõem esta assembléia funcionalmente importante estão ameaçadas de extinção. Proibições estritas e limites de captura de precaução baseados na ciência são urgentemente necessários para evitar o colapso populacional, evitar a interrupção das funções ecológicas e promover a recuperação das espécies.